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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Desafio do Pateta (Disney Goofy's Challenge) e um novo desafio

   Algumas inscrições de corrida por aqui começam cedo e terminam muito rápido. É o caso de corridas na Disney e algumas maratonas e meias, como a Meia Maratona de Nova Iorque. Por isso, assim que abriram as inscrições (na metade de 2013), fizemos nossa inscrição para o Desafio do Pateta e a Meia Maratona de NY (sendo que essa nós fizemos por meio de uma operadora de turismo, porque não conseguimos ser sorteados para fazer a inscrição. É, neste caso, tem até sorteio para poder se inscrever!).

   O mais concorrido desafio da Disney consiste em 4 dias seguidos de corrida, começa numa quinta com 5km, sexta 10km, sábado Meia Maratona (21km) e domingo Maratona (42Km). Os participantes podem optar por fazer só uma das corridas, ou ainda participar do Desafio do Pateta (21km + 42km) ou Desafio do Dunga (todas, 5km + 10km + 21km + 42km). A galera enlouquece!! É um final de semana de pura energia no lugar feito para sonhar. Escolhemos fazer o Desafio do Pateta. Separei uma planilha de treino, que eu tinha usado para fazer a Rock'n'Roll Maratona em Washington, e comecei a seguir a risca.
 
Maratona do Mickey fechando a semana do grande desafio!
 
   Só que no meio do caminho uma surpresa: baby on board! Estava dentro dos planos, mas não achei que minha cegonha era corredora também! HAUHAUAHUAHA! E agora? Minha médica no Brasil havia me dito que eu tinha que parar tudo, só fazer iôga ou hidroginástica. E eu sabia que aqui nos EUA os médicos liberavam e estimulavam a continuar, se isso já faz parte da rotina. O que era meu caso. É só não inventar nada novo, não puxar peso pesado e evitar grandes distâncias... oi? Ia ter que abrir mão do desafio tão esperado! Paciência, é por uma boa causa! Continuei com minha rotina de treinos (alternando o spinning e a corrida, atualizando a planilha para Meia Maratona) e pedi para a personal ajustar a musculação de fortalecimento, dentro dos meus limites atuais.
 
Eu e o Pateta. Imagem: arquivo pessoal.


   Chegou o final de semana tão esperado! E quando você põe os pés naquela terrinha, uma mistura de encantamento, alegria e euforia invadem a gente. É o lugar, é o motivo da ida, são todos aqueles corredores apaixonados reunidos! O voo atrasou, chegamos em cima do laço para pegar o kit, mais 10 minutos e a gente quase fica sem nosso número! Ufa!

   Acordamos às 3h, a corrida começava às 5h30. Para você ter ideia da quantidade de gente, nosso pelotão só saiu às 6h30. E, em cada pelotão, fogos de artifício e o Pato Donald fazendo muita festa! Comecei a correr com o coração um pouco apertado, eu ia prestar atenção em todos os sinais do meu corpo, mas na minha cabeça estavam as preocupações de quem nunca correu carregando na pochete algo tão frágil e precioso. Não era mais só eu! Fui tranquila, Flavio sempre do meu lado. Muitas fotos: algumas que eu tirei com meu celular e vou postar agora; outras de profissionais que estavam lá. Inclusive estou recebendo essas fotos via e-mail, preciso ver qual vale a pena comprar.
 
Chegando no Magic Kingdom.
Imagem: arquivo pessoal.
 
   No dia seguinte, Flavio completou o Desafio do Pateta lindamente, passou por todos os parques. Fui até o Magic Kingdom para torcer por ele e depois voltei para o Epcot para esperar ele finalizar.

   Foi incrível! Vou continuar correndo até quando meu corpo disser que é hora de parar. Os treinos continuam, adaptados a cada mês. Estou inscrita na Meia de NYC, acho que até lá vai ficar mais pesadinho, talvez faça alguns quilômetros, só para sentir a energia da galera. Vamos ver até lá. Estou ansiosa com esse novo desafio, e já estou pensando no retorno oficial! Aguardem! Eu vou voltar... mais forte!
 
Minha dourada Meia Maratona!! Imagem: arquivo pessoal.

 



 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O Tempo e o Vento

Sobre O Tempo e o Vento
   Assistindo ao filme (versão extendida, dividida em 3 partes e transformada em minissérie) dirigido por Jayme Monjardim, vamos a cada parte:
Parte 1 - li O Continente algumas vezes e estou relendo para avivar as falas que amo, Ana Terra foi muito bem interpretada com toda a beleza, as expressões, a fala e os gestos seguros (principalmente depois que ela amadurece). Sente-se a solidão do lugar, as dificuldades, o silêncio da mulher, sujeita apenas a observar e a obedecer. A apresentação do romance (e todo seu desenrolar) entre Ana e o índio Pedro foi convincente: os calores, a troca de olhares, o tempo passando e aumentando aquele sentimento, a entrega, a descoberta da gravidez, a morte de Pedro. Depois, a união de Ana e seu filho, a morte da mãe, a invasão e destruição do casebre. Por fim, ela e seu filho indo embora para Santa Fé, recebendo a permissão de um Amaral, fazendo parte do começo de um povoado, do começo da história Terra-Cambará.
Parte 2 - Thiago Lacerda tem o porte, o sorriso e a beleza para fazer o Rodrigo parecer altivo, cativante. É claro que, quem assistiu à primeira minissérie como eu, vai compará-lo a Tarcísio. Tarcísio teve mais tempo para mostrar Rodrigo. Na adaptação do filme, não dá tempo para apaixonar-se por Rodrigo, sentimos falta dos detalhes minuciosos do livro onde lê-se que até os homens ficavam admirados e enciumados com a presença dele ("o diabo do homem tinha feitiço"), certos sentimentos são difíceis de serem representados e não cabiam em um trecho tão curto de tempo. O adaptador teve que fazer milagres. Por isso, na parte 2, o romance entre Rodrigo e Bibiana não me pareceu tão visceral, mas Rodrigo realmente amou Bibiana e esta apaixonou-se exatamente por aquele homem mulherengo, falastrão, amante de guerras, transbordando vida em cada gesto (vê-se mais desse sentimento na parte 3). Na juventude, Bibiana apareceu um pouco apagada, creio que também é uma personagem difícil de interpretar, ela parece submissa, introspectiva, o oposto de Rodrigo. A vida dela é esperar por ele. Creio que esse é um dos motivos do tema "O Tempo e o Vento", os dois maiores companheiros de Bibiana.
Parte 3 - sinceramente, ao ler a obra, os descendentes dos Terra-Cambará não ganharam minha admiração, Bolívar e depois Licurgo não me convenceram. Por isso, creio que resumiu-se O Retrato e O Arquipélago em um trecho só do filme. Bolívar tem o sangue quente de Rodrigo, mas apaixona-se por uma mulher doente que o domina. Luzia é quem ganha destaque. Luzia é uma rival para Bibiana, que agora sim mostra a que veio (manter a família em seu chão), descobre-se por trás daquela submissão uma mulher forte, determinada, sua guerra é vencida em silêncio, com a persistência. Ela só descansa quando sua casa e seu chão voltam ao comando dos Terra-Cambará, representado agora por seu neto Licurgo.
   Ao todo, gostei do resultado, acho muito difícil adaptar uma obra dessa grandeza, eu também me prenderia ao Continente. Por isso, achei muito boa a ideia de começar pelo final, colocando Bibiana mais velha contando a história, foi uma maneira de já adiantar o demorado cerco ao casarão e, assim como ela começou, ela fechou bem a história. Destaque para a fotografia e, para a primeira parte, mais detalhada.
 
Como li em algum site: "quem conta um conto aumenta um ponto", por mais que sua versão seja o seu ponto de vista. Assim como, quem dá opinião, arrisca errar ou acertar, mas é novamente um ponto de vista.
Por isso, trago agora, a opinião de quem realmente entende da obra, Luis Fernando Verissimo para Zero Hora:

A vantagem da microssérie O Tempo e o Vento sobre o filme é que na série há mais tempo para desenvolver a história e incluir personagens que não apareceram no cinema, ou apareceram pouco.
Já se viu isso no primeiro episódio, que incluiu mais cenas do Pedro Missioneiro nas Missões. Eu havia lamentado que a evocação da Rosa Mística, um dos nomes da Virgem Maria na literatura sacra, não tivesse sido mais aproveitada no filme. A devoção do Pedro à Rosa Mística é muito bonita. No filme, ele chama a Ana Terra de Rosa Mística, mas a citação fica meio perdida, por falta de antecedentes que na TV estão explícitos. O Pedro Missioneiro é um personagem importante porque ele incorpora o segmento chamado A Fonte, no livro. É com o Pedro Missioneiro que o mito se transforma em História. Pode-se até dizer, com um certo exagero, que ele inaugura a história do Rio Grande do Sul no ventre da Ana. A fonte, do título, é ele. O punhal de prata que ele traz da Missão é a ligação dele com o passado, com a Europa, com os sonhos de salvação dos índios e a regeneração da humanidade dos jesuítas (o título de O Tempo e o Vento era para ser “O Punhal de Prata”), mas o passado, o mito, termina com ele. Depois da sua morte, Ana e o filho Pedro vão ajudar a fundar Santa Fé, vão civilizar-se. Vão começar a História.
Na microssérie, também há tempo e espaço para Luzia, a mulher de Bolívar, filho de Rodrigo e Bibiana. Luzia é uma anomalia no romance, uma mulher complicada e frágil numa terra de mulheres simples e fortes, e por isso mesmo uma personagem fascinante.
Ficou faltando, tanto no cinema quanto na TV, outra personagem feminina importante, Ismália Caré. Os Caré representam o avesso da nossa tradição épica, são o Rio Grande do Sul da miséria, dos despossuídos em meio a uma cultura de fartura. Compreende-se, não daria para incluir esse lado na série. Mas, no livro, embora isso tenha sido pouco notado, com os Caré o autor escreve um contraponto para sua própria história. E História.
A ideia da narração por meio do encontro da Bibiana velha com o capitão Rodrigo redivivo era arriscada, mas deu certo, no filme e na série. Palmas para os roteiristas e para o diretor, e principalmente para a Fernanda Montenegro e o surpreendente Tiago Lacerda, que fazem um dueto admirável. 

Fonte:
 

 
"O tempo passou. Dizem que o tempo é remédio pra tudo. O tempo faz a gente esquecer. Há pessoas que esquecem depressa. Outras apenas fingem que não se lembram mais."
(VERISSIMO, E. O Continente. In: O Tempo e o Vento, Tomo II)

 

 
 
 
 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Dia da Marmota (Groundhog Day 2014)

 
Imagem via: http://www.groundhog.org/groundhog-day/.

   Quem já assistiu ao filme Feitiço do Tempo (Groundhog Day, 1993), estrelado por Bill Murray?
   Todo ano, no dia 2 de fevereiro, milhares de pessoas, vindas de países distantes como Austrália e Rússia, reúnem-se na pequena cidade de Punxsutawney, no Estado americano da Pensilvânia, para comemorar o "Dia da Marmota".

   Segundo a lenda, o animal sai de seu buraco, depois de um sono longo no inverno, para procurar sua sombra. Se ele vê-la, ele considera como um presságio de mais seis semanas de mau tempo e retorna ao seu buraco.

   Se o dia está nublado e, portanto, sem sombras, ele toma isso como um sinal da primavera e fica acima do solo.

   O Dia da Marmota 2014 é esperado para ser o maior dos últimos anos!

   Por isso, é bom começar a se planejar logo para ir até a cidade de Punxsutawney (PA) e comemorar o Dia da Marmota. A cidade de Punxsutawney fica a, aproximadamente, 3 horas de Hagerstown (MD).

   Phil (a marmota) vai deixar sua toca às 7h20 em 02 de fevereiro em Punxsutawney (PA). Ele vai observar as condições de tempo e fará então a sua previsão para o resto do inverno.

   A festa é uma tradição do vilarejo e acontece desde 1887.
 
Imagem via: http://www.groundhog.org/groundhog-day/.
 

Fontes:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/02/130202_dia_marmota_lgb.shtml

http://www.groundhog.org/groundhog-day/


 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Feliz 2014!

   Fechamos o Ano de 2013 e abrimos o Ano de 2014 com um passeio a Nova Iorque. Ir para aquela cidade é sempre uma novidade, toda vez que a gente vai, a gente vai ver uma coisa nova, vai descobrir alguma coisa linda ou interessante, algum lugar bacana para ir ou vai voltar para alguns pontos preferidos, e novas pessoas vão estar circulando, um novo cenário vai se compor... cidades grandes são assim: precisam ser vistas e revistas. Se eu tivesse que definir em uma pequena frase essa nossa terceira visita a NY, eu diria: "Nova Iorque é uma vitrine".
 
Aproveitei para tirar uma foto um dia antes, dia 31 é uma loucura!
Imagem: arquivo pessoal. 
 
   Uma vitrine com todas as luzes de Natal, com as luzes da Times Square; uma vitrine que as pessoas param para assistir e tirar fotos; uma vitrine onde as pessoas querem ser vistas; uma vitrine com muitas opções culturais; uma vitrine com muitas opções gastronômicas; uma vitrine de consumo do bom e barato e do muito bom e muito caro. Nova Iorque para todos os preços, todos os gostos e todos os gastos. Pensava muito em todo cidadão nova-iorquino (ou cidadãos de grandes metrópolis do mundo inteiro), quem vence e se destaca numa cidade do porte dessa, onde a concorrência é braba, deve sentir um imenso orgulho, é preciso ser bom!
   Dessa vez, mesmo diante de tantas vitrines gastronômicas, nos demos o gostinho da comida brasileira duas vezes! Assim que chegamos lá, uma chuva que não parava, daqueles dias cinzas mesmo (senti falta da meu guarda-chuva vermelho) nos levou a um restaurante brasileiro, Berimbau, confortável e acolhedor, não resisti: pedi uma feijoada. Uma delícia! A segunda vez foi pela conveniência, depois Flavio me confessou que já havia pesquisado o endereço no site, assim que saímos do MoMA atravessamos a rua e entramos na Fogo de Chão.
 
Feijoada caprichada by Berimbau! Imagem: arquivo pessoal.
 
Creme de papaia com cassis na Fogo de Chão. Imagem: arquivo pessoal.
 
    Aliás, voltando ao assunto MoMA, foi a primeira vez que visitei esse museu e enorme vitrine cultural. Alguns dos quadros que valeram a visita:
 
Noite Estrelada. Vincent Van Gogh. Imagem: arquivo pessoal.
 
Esperanza II, Gustav Klint. Imagem: arquivo pessoal.
 
Les Demoiselles d'Avignon. Pablo Picasso. Imagem: arquivo pessoal. 
 
La Danse. Henri Matisse. Imagem: arquivo pessoal.
 
Três Mulheres. Fernand Léger. Imagem: arquivo pessoal.
 
Fulang-Chang and I. Frida Kahlo. Imagem: arquivo pessoal.
 
Marilyn Monroe by Andy Warhol. Imagem: arquivo pessoal.
 
   Dos passeios pelas ruas, selecionei algumas vitrines lindas também.
 
Vitrine da Teuscher. Imagem: arquivo pessoal.
 
Vitrine da Bergdorf Goodman na 5th Avenida.
Imagem: arquivo pessoal.
 
Quem assistiu ao filme Quero ser grande com o Tom Hanks?
Imagem: arquivo pessoal.
 
Esses vieram comigo!! Own!!!
Imagem: arquivo pessoal.
 
   E na noite da virada, uma noite muito friaaaa, onde mesmo assim as meninas saem nos seus microvestidos, nos seus mega saltos, também nos sentimos um pouco parte da vitrine participando da festa Masquerede Ball do Hotel Empire. Música boa, gente animada, começamos nosso 2014 com o pé direito!
 
 
Imagens: arquivo pessoal.