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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Minhas músicas

   A profa. de spinning Rachel tem um repertório ótimo para as aulas. Hoje ela desenterrou uma música das antigas, Never Tear Us Apart do INXS. Começa com aquele órgão, bem anos 1980, o vocalista vem pisando de mansinho, criando aquela expectativa, depois segue num crescente, explodindo, numa jogada de cabeleira, junto com a bateria. HAUHAUAUAHA! E depois ele começa tudo denovo. Caraca, isso era o máximo! Não tinha como dançar nas festinhas, era a música do intervalo, do "vamo sofrer ali pela amado que não nos tirou pra dançar". HAUAHAUHAUA!!
   Ali mesmo na aula fiquei rindo sozinha, recordando desses dramas juvenis.
 
 
   Existem duas coisas que me fazem viajar: ler e escutar uma música que me agrade. Em minha adolescência, minhas gavetas eram cheias de fita cassete e letras de música que a Fisk, gentilmente, enviava pelo Correio. Eu tinha meu caderninho com anotações e músicas traduzidas ao pé da letra. Aliás, esse caderninho minha mãe pode ter guardado, era muito engraçado. As músicas em português, é claro, também tinham seu espaço. Talvez agora tenham até mais, Bossa Nova é meu estilo predileto, mas naquela época os Engenheiros do Hawaii faziam sucesso, principalmente no verão. E eu passava as tardes entretida, eu e as músicas.
   Voltando à aula de spinning do começo da conversa, ali mesmo comecei a mentalizar algumas músicas que me transportam para algum lugar. Eu não tenho nenhuma delas em meu iPod e nem vou colocar para não parecerem banais. Gosto quando elas tocam de surpresa.
 
Piano Song - Erasure
 
Notorius - Duran Duran
 
What Happened To You - The Offspring
 
 
Rayando el Sol - Maná
 

 
Iris - Goo Goo Dolls
(Faz a mesma jogadinha da música do INXS, começa mansinha, depois dá uma estressada... hehe!)

 
 
La Belle da Jour - Alceu Valença
 

Runaway Train - Soul Asylum


Quase Sem Querer - Legião Urbana
(Nada a ver o filho do Renato querer o nome da banda pra ele. No final da carreira, o pai dele tava cantando sozinho! Tss, Tss!)
 
Qualquer Coisa - Caetano Veloso
 
   Os estilos podem parecer desencontrados, mas para mim eles têm sentido de existir, marcaram épocas. A lista não termina por aqui, aos poucos vou acrescentando mais. 
 
 

sábado, 28 de junho de 2014

World Cup Brasil (Part 5 - Haja coraçãumm)

   Hoje fomos assistir o jogo lá na casa da florzinha Aline... Para quem não conhece, Aline é aquela que carrega um largo sorriso, distribui aquele abraço apertado e tem um jeitinho despreocupado de ser... que a gente adooora!! Quero aproveitar o máximo de tempo da companhia dela. Amizade boa!!
 
Imagem: arquivo pessoal.
   Com nossas decorações ambulantes, ajeitamos a mesa do jardim para receber a Copa. Hoje ia ser churrasco. Cerveja gelada, dia lindo, céu azul, tempo perfeito.
 
Imagem: arquivo pessoal.
   O jogo começou bem, ágil, bola no chão, marcamos o primeiro Gol. Mas o time do Chile não tava fácil, marcando em cima, conseguiu marcar um Gol também. E esse placar se manteve até a prorrogação. Nossa amiga Birgit, passando férias no Hawaii, perguntava pelo WhatsApp: "Quando esse jogo acaba? Quero ir pra praia!". HAUHAUAHUAHA! Ai, essas modernidades!! E nós sofrendo! E o WhatsApp apita novamente, maisZamigas se juntando no sofrimento! É bom que a gente não sofre sozinha!
   O sofrimento era tanto que teve até promessa: "Se o Brasil vencer, pulo de ponta na piscina".
   O jogo foi pros pênaltis, a praia da amiga atrasou mais um pouco, a torcida não cantou a música comprida do Revelação, a cerveja continuou descendo redonda pros meninos, que tentavam afogar o nervosismo.
 
Imagem: arquivo pessoal. 
By Aline.
   No meio da tensão, eu não quis nem ver os pênaltis, fui colher amoras... Só dei uma espiadinha, e Júúúúlioo Césarrr fez bonito!! 
 
Imagem enviada pela Crau (minha florzinha lá de casa) 
via WhatsApp na hora do jogo.
    Foi no sufooooco! Porque no sufoco é mais gostoso! E como o Brasil venceu, a promessa teve que ser cumprida. 

 
Sobrou até pra Laka!!
Imagem: arquivo pessoal.

 
 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Os hikes nunca mais serão os mesmos!

   Estamos em plenas férias escolares de verão. É como se o ano fechasse agora. A galera viajando ou planejando ir para algum lugar. Daqui a pouco tem o 4 de Julho (feriado da Independência e dia de muitos fogos). Antes de todo mundo dispersar, algumas celebrações, alguns churrascos, daí junta Copa do Mundo... difícil é a hora de sentar e fazer um balanço de tudo que está acontecendo. Hoje foi um dia que deu para parar e pensar um pouco, pensei na grande família de expatriados que formamos, pensei que agora um ciclo vai se fechar para muitos de nós, muitas famílias vão voltar para casa. E isso é bom, sinal de que vidas vão passar por mudanças novamente. Mudar é bom.
   E uma coisa que vai mudar é o hike.
   Hike é aquela caminhada por trilhas no meio das montanhas e florestas, esporte muito comum por aqui. Oficialmente, com esse nome, eu não havia praticado. Mas já fiz muita caminhada por trilhas ou sem trilhas, principalmente na minha adolescência, quando morava em Jaguariaíva (PR) e os hikes eram uma aventura para nós, com a desculpa de que íamos fazer trabalho de Ciências! Aliás, essas caminhadas me lembram muito aquele filme "Conta comigo", e essa sensação de andar por horas a fio, ao lado de um amigo, às vezes falando besteira, às vezes em silêncio, me dá uma sensação tão boa e tão confortante. Penso no River Phoenix e penso que ele não devia ter crescido, devia ter ficado ali, eternamente com os amigos (hehe! risadinha triste!).
                                                       Stand by me via Youtube.
   Aqui em Hagerstown formamos um pequeno grupo, que reserva uma manhã da semana para sair por aí pelas trilhas de Maryland. Peggy é nossa guia, ela planeja, manda mensagens avisando onde e que horas vamos nos encontrar. Caminhamos por horas a fio, conversando e respeitando o ritmo de cada um. Foi no hike que me aproximei de duas amigas que vão voltar pra casa, uma francesa e uma alemã. No hike comemoramos duas vezes o aniversário de uma delas. No hike, com essa mesma aniversariante, completei os 64km (trecho a trecho, não tudo de uma vez) de Maryland. Tiramos foto de vitoriosas e tudo!
  


Imagens: arquivo pessoal.
   No hike, amigos novos se juntam a nós; noutras vezes, um amigo traz seu cachorro pra nos fazer companhia. No inverno, caminhei e escorreguei na neve; quando estava um pouco fresco, minhas amigas acostumadas com o frio riam do quão encapotada eu ia. No verão, eu continuei com as calças compridas, pra evitar as urtigas que aqui têm outro nome, mas fazem o mesmo estrago. hehe!
   Depois dos hikes, nessa última temporada das amigas que vão embora, como uma espécie de despedida sem querer se despedir, fomos tomar café na casa de uma ou de outra que morasse perto da trilha. Assim pude conhecer muitos jardins bem-cuidados, muito jeitos especiais de receber, trocamos receitas. E como gosto de dividir tudo de bom que recebo, vou deixar aqui a receita de um bolo de amêndoas maravilhoso. Vai ficar aqui registrado para eu lembrar dos hikes deliciosos, com muita risada, cheirinho de mato e de café no final!


Imagens: arquivo pessoal.

Almondcake
 
0.33 lb butter
0.33 lb almond meal
3 eggs
Salt
0.28 lb sugar, divided
7 tbs orange juice
0.11 lb flour
½ tbs backing powder
powdered sugar

1. Preheat the oven to 320 degree, grease a 9-inch springform pan and powder with 2 Tbs Almondmeal
2. Separate the eggs, beat the egg whites with a hint of salt until stiff and then slowly add 0.11 lb sugar and beat another minute
3. In a bowl beat the butter and 017 lb sugar until smooth, add the egg yolks and beat another minute
4. Mix flour, almond meal and backing powder and stir it alternately with the orange juice into the butter-egg mixture
5. Fold in beaten egg whites and fill the dough into the pan
6. Bake for 25-30 minutes on middle rack
7. Let it cool for ten min and then pounce on cooling rack
8. Sprinkle with powdered sugar and serve.
 
   E para quem quiser saber as medidas, tirei uma foto da página do livro de receitas (está em alemão! HAUAHUAHAUA! Mas as medidas são no nosso padrão).
   Brincaderinhaaa, quem quiser, passo a receita em português, mas tem que fazer e me mandar uma foto!
 
Imagem: arquivo pessoal.

 
 


 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

World Cup Brasil (Part 4)


   Segundona, ressaca pós-fim de semana... que nada! Hoje tinha mais um jogão e, dessa vez, ia ser aqui em casa. Já comecei a arrumar tudo ontem, a mesa ficou semipronta, os pratos ainda vazios esperando pelos quitutes que as amigas iam trazer. Combinamos cada uma fazer uma porção de sandubinha, a Talita ia preparar os mini pães de queijo, a Mari ia fazer o Sanduíche Picante (lá pro Sul de SC chamamos Torta Fria). E como sempre: estava tudo uma delícia! Os doces foram os juninos, porque a encomenda foi grande. A Lu trouxe uma surpresinha: Romeu e Julieta! Hmmmm!!






Imagens by Lu.
Arquivo pessoal.
   Do jogo Brasil X Camarões, confesso que me desliguei um pouco, acho que estava mais tranquila, sem medo de perder. A vibração que vinha ali da nossa pequena torcida parecia positiva. O Brasil passava o maior tempo com a bola nos pés, Neymar mais atrevido, mais solto. O tal do Fernandinho pareceu uma boa opção, relembramos da propaganda da Ustop... talvez Sandra e Eva(risto) relembrem também amanhã no JH. Isso se não falarem do bigode da sorte do Fred.

 
                                                         Vídeo só pra galera anos 1980.
   Por falar em vestuário, as meninas arrasaram no seu novo uniforme torcida brasileira-hagerstowense! Bonita camisa, meninas!

               E asZamigas respondem em uníssono: "A sua também é linda, Jujuzinha!"

   Depois pude rever os chutes a gol, as jogadas, o belo jogo...
   Ainda mais quando saímos ganhando de 4 X 1. 
   A galera voltou pro seu resto de segunda... e ficamos eu, Flavio, Talita e Rafa jogando conversa fora. 


 

sábado, 21 de junho de 2014

Midsummer

   Neste final de semana fomos convidados a comemorar o Midsummer, na casa da Julie e do Anders (ela, norte-americana; ele, sueco), casal muito querido.
  
Olha que fofo o recadinho que encontramos por lá!
A cara deles!
Imagem: arquivo pessoal.
   Especialmente importante nas culturas da Escandinávia e do Báltico, o Midsummer costuma acontecer na sexta-feira, entre os dias 19 e 25 de Junho, e celebra o verão e o dia mais longo do ano. Li em alguns sites que também tem a ver com o Dia de São João, mas não me aprofundei na pesquisa. Na Suécia, é feriado, mas como aqui nos EUA não faz parte da tradição do país, comemoramos no sábado com nossos amigos suecos, norte-americanos, brasileiros, indianos... As mulheres põem seus vestidos floridos, enfeitam seus cabelos, os homens ficam à vontade nas suas bermudas.

O que era essa criaturinha pedindo um pedaço de bolo, em inglês!! hehe!
Imagens: arquivo pessoal.
    A festa começou perto da hora do almoço, e uma grande mesa com comidas típicas fica à disposição dos convidados. Pelas mesas, cópias de músicas em sueco, o intuito é comer, cantar e, assim que terminar a canção, dar um gole no licor com sabor de especiarias: Aquavit (licor feito de batatas, servido gelado e bebido de um só trago). Fortchenho! Tomei de bicadinha. hehe!  
 





Esqueci de tirar fotos das batatas, que não podem faltar!
Imagens: arquivo pessoal.
   Pelo jardim, jogos para as crianças e os adultos. Pelo jardim, também, uma atração a parte: ninho de coelhos!! 
   Depois da primeira refeição, é montada uma espécie de cruz, coberta de folhas e flores, todos são convidados a dançar e cantar em volta. E, nesse ponto, parece concebível associar o Midsummer à nossa comemoração de São João. São como nossas quadrilhas, danças alegres, ingênuas, em família.  


 
 
Imagens: arquivo pessoal.
 
   Depois de algumas calorias gastas, são servidas as sobremesas. E, apesar da grande variedade, os doces somem rapidinho. Ah, entre as sobremesas, não podem faltar morangos!
 


Imagens: arquivo pessoal.
   A tarde vai passando, o pessoal vai ficando e já começam a limpar a churrasqueira para o segundo round. A mesa de sobremesas sai, dando lugar a novos pratos salgados para a janta. As crianças se lambuzam com cachorro-quente, hambúrguer; o pessoal que chega mais tarde traz outras tortas, mais saladas... e o dia mais longo do ano é assim aproveitado, ao máximo, até o último raio de Sol.

   Oh! Menina tão galante que convida pra dançar/Vamos juntos neste instante dar a volta, alegre estar/Oh que delícia saber dançar/oh que delícia, meu lindo par!

 

 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

World Cup Brasil (Part 3)

   Ai gente, que fiasco de jogo!! Não vi a bola rolando no chão, cadê as jogadas bonitas... tenho impressão que eles estão jogando futevôlei. A bola vai sempre para o alto e avante. Preguiça!
   Bom, já que toda a imprensa falou (hoje já vai mudar de assunto, por que a vida é dinâmica e a Copa too) do goleiro mexicano que, como um gaaato, defendeu as poucas bolas a gol do Brasil, vou relembrar de 20 anos atrás (Caraca, 20 anos!!). Quem é que não se divertiu com as extravagantes e coloridas jaquetas e camisetas do bom goleiro mexicano Jorge Campos? Gente, eu assistia às partidas só pra ver ele pulando com aquela (des)combinação de cores. Era a atração do jogo!

Oi gente? Vamos pôr um pouco de cor nesse game!
Imagem via: http://memorias-redondas.blogspot.com/2012/08/jorge-campos.html

   Tinha um outro goleiro na época, não me lembro de onde, mas que fazia caretas engraçadas para a câmera. E ele parecia sério, mas quando via a câmera, fazia umas palhaçadinhas. E tinha um cabeludo, o colombiano Higuita, uma figura!  
Higuita surpreendendo a galera.
Naquela época era: Como um escorpiãooo!!
Imagem via: Los Tiempos.
 
   Bom, de todos os jogos que assisti até agora, uma seleção me chamou atenção, eles mesclam força, técnica e muito treino no calor do meio-dia. Isso pra mim é seriedade. Gosto! Mas, deixa pra lá, continuemos sofrendo pelo time do coração, depois a gente vira a casaca. HAUAHUAHAUAHA!
   Vamos a parte que interessa, a festa. Dessa vez, os anfitriões foram o Rafa e a Talita. 
 
Imagem: arquivo pessoal.
   Tivemos churrasco com uma picanha invertida (não deu tempo pra tirar foto, lamento! Mas estava ótima), teve coraçãozinho e linguicinha também. Fora a maionese da Mari que tava mara! Saladchenha! Pra beber, podemos escolher entre: caipirinha, caipiroska, cerveja ou champagne. hohoho! 
 
   E pra fechar com chave de ouro: doces juninos!! Nossa amiga Talita trouxe de um tudo. Alegrou e adoçou nossa festchenha! Lucky us!
  Ah, e ainda teve mais uma surpresinha do dia, um amigo trouxe chocolates suecos.
  Quem quer saber de jogo do Brasil? Como diz minha amiga Mari, come e agacha. Te explica, Mari? O agachamento é aquele da gym? Ou é o da Ana Maria Braga? HAUHAUAHUAHA!
 
 
 
 
Imagens: arquivo pessoal.
 
 

domingo, 15 de junho de 2014

World Cup Brasil 2014 (Part 2)

   No final de semana fomos recebidos por festivos e simpáticos anfitriões. Em torno das 15h, entramos porta adentro e o casal finalizava os temperos para o churrasco. Ele, do Congo; ela, da Rússia. Ainda não tive oportunidade de ir à África, muito menos à Rússia, mas já tive uma boa impressão de sua gente.
   Do pátio, o vento trazia um cheiro bom da grande churrasqueira à carvão e do meat smoker (um defumador). Tinha carne para todos os gostos.

Desse lado da churrasqueira, o peixe.
Imagem: arquivo pessoal.
   Aos poucos foram chegando mais amigos, e a casa foi se enchendo de americanos, franceses, brasileiros, vietnamitas, chilenos, italianos, macedônios, russos... Dos nomes russos que ouvi, associei a símbolos fortes; dos traços que vi nos rostos das mulheres, pensei: "quanta mulher bonita existe neste mundo!!". OMG!
 
Imagem by Isabelle.
 
   As crianças, um pouco tímidas no começo, daqui a pouco estavam todas rolando nos barrancos, felizes, enchendo os cabelos de grama, conversando em seu próprio idioma.
   Os homens se acotovelavam em frente à TV, em busca da emoção dos jogos. O italiano roía as unhas, os outros tomavam cerveja. Quando a Itália fazia Gol, alguém passava e dizia: "O Papa mora na Itália! Aí tem uma ajudinha dele". E todos riam.
   Na mesa, estavam à disposição salada, carnes, feijão, arroz... depois vieram as sobremesas, um bolo russo com várias camadas (que eu tinha me enamorado assim que ele chegou no pedaço), tortas com frutas e cremes.

A sobremesa russa e um pedaço do defumador ali à direita.
Imagem: arquivo pessoal.
   E assim, a tarde foi passando, sem a gente perceber. Antes de sair, um licorzinho foi servido, homemade: maracujá e rum. Lembrava aquelas nossas batidinhas com cachaça, que ficam maturando por dias. A danada da batida era forte, dei uma bicadinha e fomos embora para casa, no intervalo para o último jogo do dia. Esse eu ia acompanhar esticada, já abraçada ao travesseiro... Zzzzzzzzz!